Preocupada
com o risco de acidente durante o transporte de estudantes de casa para escola,
uma comissão formada por pais, professores, alunos e equipe diretiva da EM
Porfírio Vieira esteve em audiência nesta quarta-feira, 11, com o secretário de
Educação, Paulo Caduda. A proposta: encontrar uma solução rápida. Afinal, a
qualquer momento o estouro de um dos pneus pode vitimar muitas crianças no
trecho entre Cova da Índia e Saco do Camisa, onde está localizada a Escola
municipal Porfírio Vieira da Silva.
"Por
não termos mais como resolver dentro da própria escola e não tendo condição
alguma de continuar, vimos solicitar do secretário uma solução pois o pneu não
existe de tanto remendo. Estamos sobrecarregando o outro carro e as horas de
trabalho do outro motorista já que ele tem de fazer várias viagens para atender
a escola. Ontem, 10, só havia metade das turmas e a gente não pode dar aula.
Temos uma posição e queremos uma solução da secretaria para continuar a partir
desta quinta ou não!", pontuou o diretor Edson Cruz.
Além
disso, o carro que tem atendido outras localidade com o intuito de não deixar
nenhum aluno fora da escola também está com os dias contados. Todos os pneus
precisam de troca. Do contrário, serão dois ônibus escolares trazendo risco de
morte aos estudantes no trajeto de casa para escola e vice-versa.
Esse
problema vem preocupando também diretores de outras unidades pelo interior pois
desde janeiro nenhuma licitação é concluída na prefeitura para compra de novos
pneus. A cada seis meses, a troca deve ser feita para não ocasionar acidente
envolvendo estudantes - o que seria um desastre para a administração.
Depois de
ouvir a todos, Caduda reconheceu que a precariedade é latente não só naquela
unidade, mas também na maioria das escolas da rede pelo interior do município.
A demora na reposição dos pneus advém também da crise que tem se instalado no
país com a diminuição no repasse de recursos e, principalmente, da demora de
outro setor: o de licitação da prefeitura.
"Desde
o início do ano, solicitei à secretaria de Administração que fizesse a
solicitação de processo de licitação pois temos um cronograma de comprar e
substituição. Consegui uma ata de preços da prefeitura de Simão Dias para
adquirir por lá e conseguimos comprar. Como a ata de registro de preço venceu,
nós temos uma frota de 14 carros e cada um tem 6 pneus...temos uma problema com
o setor de licitação. O responsável não homologou o processo. Eu só posso
atender com o contrato assinado. (...) é só inércia e irresponsabilidade. Nós
protocolamos na prefeitura no dia 05 de janeiro!", pontuou o secretário.
Ao final,
Caduda se comprometeu em, de alguma forma, viabilizar carro para que o
transporte dos estudantes não fosse interrompido nesta quinta e sexta-feiras. A
expectativa da comissão é de que a promessa seja cumprida, pois fora deliberada
em reunião com os pais que se o problema não fosse resolvido a contento, todos
paralisariam as aulas até que tudo fosse concluído.
Caduda
ainda foi instigado a responder sobre outros problemas como a reforma mal feita
de uma das salas e do atraso do pagamento dos professores contratados. Há três
meses, não recebem. Durante a semana, muitos já ameaçavam paralisar o serviço.
O secretário argumentou que o mês de dezembro é de responsabilidade da
prefeitura já que o pagamento foi empenhado com recursos próprios. Desde aquele
mês nenhum repasse no valor de 70 mil reais é feito pela prefeitura. Os meses
subsequentes de 2016 serão pagos pela SME por volta do dia 18 deste mês; não na
sua totalidade.
"Com
a crise, a arrecadação vem diminuindo e comprometendo ainda mais. Como a
prefeitura pagou três meses à saúde e outras funções esta semana",
espera-se que faça o mesmo com a área da educação, concluiu.(publicado em cnnpv)
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